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domingo, 18 de dezembro de 2011

Empresas do Simples com até dez empregados não precisam de certificação digital

Os micro e pequenos negócios do Simples Nacional com até dez empregados, incluindo os empreendedores individuais (EI), não precisarão de certificação digital para acessar informações do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A isenção está na Resolução 94/11, do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), publicada em dezembro.
A Resolução exclui os negócios com essas características da exigência de certificação digital estabelecida pela Circular 547, de abril de 2011, publicada pela Caixa Econômica Federal – agente operador do FGTS. A circular estabelecia o uso obrigatório da certificação para todos os micro e pequenos empreendimentos, inclusive os do Simples Nacional, a partir de 1º de janeiro de 2012.
“A certificação geraria custos e burocracia para essas empresas e inibiria a formalização de empregados” explica o secretário executivo do comitê, Silas Santiago. “Uma certificação digital custa em média R$ 200, o que ainda é alto para essas empresas”, reforça a analista de Políticas Públicas do Sebrae, Helena Rego.
Segundo ela, há possibilidade da Caixa Econômica Federal adiar de janeiro para julho de 2012 a exigência da certificação para as pequenas empresas que estão fora do Simples Nacional e que tenham, no máximo, dez empregados. A previsão é que a circular saia na segunda quinzena de dezembro. Entre os motivos, está o fato de as unidades certificadoras não terem capacidade para atender à demanda até o fim de dezembro.
Atualmente há no Brasil mais de 6,1 milhões de micro e pequenos empreendimentos formais. Entretanto, até o mês passado, existia no país apenas 1,7 milhão de certificações digitais de pessoas jurídicas de todos os portes, segundo o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Valdir Pietrobon.
“Precisaríamos de um batalhão de agentes certificadores no país mas, hoje, há no máximo seis. Cada um faz, em média, 16 certificações por dia”, explica Pietrobon. Ele avalia, no entanto, que a certificação digital é uma ferramenta de gestão que moderniza os negócios.
Resolução
A Resolução 94 do CGSN consolida todas as resoluções do Simples Nacional. O documento trata, por exemplo, do fim da entrada da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN), estabelecida pela Lei Complementar 139/11. A medida vale para as declarações referentes a 2012. Em março do próximo ano, as empresas enquadradas pelo Simples ainda precisam entregar a declaração relativa às receitas de 2011.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Chrome já supera Internet Explorer e Firefox no Brasil, diz StatCounter

A empresa de métricas de internet StatCounter divulgou um relatório demonstrando que o Google Chrome é o navegador mais popular do Brasil, superando Internet Explorer e Firefox. Esta é a primeira fez que um relatório tira a liderança do Explorer no Brasil desde o início dos anos 90, quando o IE superou o já descontinuado Netscape Navigator.
Segundo a análise, o Chrome registrou 39,8% dos acessos à web no Brasil em outubro, frente 34,4% do Internet Explorer, da Microsoft, e 23,8% do Firefox.
A StatCounter avalia que os brasileiros têm a percepção de que o Chrome é mais estável e leve que seus competidores. Estes fatores seriam a principal razão da ascensão do navegador do Google.
A mudança de posição confirma uma tendência há tempos registrada nas estatísticas de acesso à web. Desde 2008, quando o Chrome foi lançado, o browser do Google ganha mercado mais rapidamente que seus competitores e, recentemente, assumiu o papel de principal rival do líder mundial Internet Explorer, função antes ocupada pelo Firefox, da Mozilla.
O lançamento do Chrome fez o Google retirar investimentos financeiros da Mozilla e esforços para promover o Firefox, o que afetou duramente os planos da Mozilla. Já a Microsoft, por sua vez, tem sido incapaz de reagir ao avanço do rival Google no mercado de browsers, apesar dos reconhecidos avanços nas versões 8 e 9 do Internet Explorer.
No final dos anos 90, por exemplo, o IE tinha mais de 93 % de market share entre os navegadores no Brasil, número que derreteu para os 34% atuais. A principal vantagem competitiva do IE é o fato do programa vir pré-instalado nas máquinas com Windows, sistema operacional predominante no Brasil e no mundo.
Para atingir a atual posição, o Google fez severos esforços para promover o Google, o que incluiu usar publicidade no serviço de buscas Google.com e no YouTube para convencer usuários a experimentar seu navegador. No Brasil, até comerciais na TV aberta foram usados para defender o Chrome.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O que fazer quando alguém rouba sua ideia no trabalho?

O roubo de ideias no ambiente corporativo brasileiro é mais comum do que se imaginava. Mais da metade dos participantes de pesquisa feita recentemente pela consultoria Produtive admite que já foram vítimas desse tipo de traição corporativa.
O melhor meio para prevenir isso é básico: limite ao máximo o número de pessoas para quem você compartilha seus projetos profissionais. Mas o que fazer quando, num repente, você vê outro levando os créditos pelas ideias que você mesmo idealizou?
1. Aposte na diplomacia
Antes de sair espalhando para Deus e o mundo o quanto traidor a pessoa em questão é, tenha uma conversa franca com o colega de trabalho que pode ter surrupiado seu projeto.
“É preciso investigar fatos e dados. Você precisa checar como isso foi apresentado. Talvez ainda exista tempo para ajustar esse equívoco”, diz Rafael Souto, diretor da Produtive. “A ideia é checar o que aconteceu: ele roubou de fato ou só citou o assunto?”.
Se a pessoa negar o roubo da proposta, só envolva o gestor se você tiver provas. “Se isso não for possível, o único meio é negociar com a pessoa ou partir para outra”, diz Renata Mello, especialista em etiqueta empresarial.
2. Envolva-se
Feito isso, a ideia é negociar uma possível participação no projeto. Daí a importância de passar a etapa anterior da maneira mais diplomática possível. Se você alimentar qualquer “picuinha” antes disso, será praticamente impossível conviver com o colega que provavelmente surrupiou sua proposta. Durante a execução do projeto, dê indícios sutis de que participou da elaboração da ideia inicial. Mas cuidado para não gerar desconforto na equipe.
“Às vezes, a discussão fica só centrada sobre quem se apresentou na linha de chegada com a ideia primeiro. Mas isso não é o mais importante. O que vale é a entrega de resultados”, diz Souto. “E o resultado só aparece quando o projeto anda”. Por isso, atue com excelência na execução do projeto. “Um chefe com bom senso irá perceber o que está acontecendo”, diz o especialista.
3. E quando é o chefe?
Agora, é comum também que gestores se apropriem das ideias dos seus subordinados sem dar os devidos créditos por isso. Nessas circunstâncias, os cuidados devem ser redobrados. “Soube de muitos casos de pessoas que foram demitidas por reclamar dessa situação com serviços de ouvidoria, por exemplo”, diz Souto.
O ideal, novamente, é buscar envolvimento no projeto. E, nesse período, dar sinais de sua participação no planejamento – sem comprometer a reputação do gestor.
4. Mude de hábitos na próxima
Se os créditos forem realmente para outra pessoa e você sequer conseguir uma participação no projeto, o jeito é engolir em seco e partir para a próxima. Com os devidos cuidados para não cair em uma das mais clássicas traições corporativas.
“Tem que apostar em outra ideia sem entrar em briga”, diz Renata. “Muita gente tem a mania de, para levar vantagem sobre os outros, contar todos os projetos que passa pela a cabeça. Espere a ideia acontecer e ganhar um formato para então compartilhar”.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Novo site faz uma faxina em sua vida financeira

Foi lançado hoje em São Paulo o site Yupee, um organizador de finanças pessoais dirigido para pessoas físicas. O portal é um produto da Nexxera, empresa que já atua com serviços para pessoa jurídica, fornecendo soluções eletrônicas de gestão de negócios.
A partir de um cadastrado gratuito, o internauta que navegar pelo site terá uma agenda para registrar gastos fixos, como mensalidade escolar, e gastos excepcionais, como IPVA, IPTU ou presentes de Natal, por exemplo. Na mesma agenda, também é possível registrar a entrada de recursos, como o salário.
A principal vantagem para o usuário é que a maior parte dos gastos precisa ser cadastrada uma vez só e o site repetirá automaticamente pelos meses seguintes. Por outro lado, como apenas a versão wap (um site mais leve e resumido) está disponível para smartphones e celulares, a navegação em dispositivos móveis pode ser mais lenta que a de aplicativos que organizam finanças.
Com os dados cadastrados, o Yupee faz gráficos dos gastos pessoais por categoria. É possível saber, por exemplo, se suas maiores despesas são com as contas de casa ou com o lazer de final de semana. A ferramenta também traz uma expectativa dos próximos dias, para saber com antecedência se o mês seguinte terminará no vermelho ou no azul e, assim, ajustar as despesas.
Outra ferramenta disponível no site é a “calculadora de sonhos”. O usuário que quiser realizar uma viagem em julho de 2012, por exemplo, cadastra o objetivo com o valor atual. O site corrige esse preço pela inflação e, baseado nos gastos registrados pelo usuário, projeta quanto ele precisará poupar por mês até a data das férias.
O principal diferencial do site para os portais e aplicativos já disponíveis no mercado são duas ferramentas, a Yupay e Yubox. Por meio das páginas é possível receber e pagar boletos sem precisar imprimir os documentos ou entrar em sites de internet banking. Conforme os pagamentos forem realizados, os comprovantes também ficam salvos num arquivo digital que o internauta acessa pela internet com seu login.
A Nexxera, dona do site, já fornece soluções para clientes pessoa jurídica. A ideia é que essas companhias possam formalizar parcerias para emitir boletos por meio do site e que esses possam ser pagos dentro desse mesmo ambiente. “O custo de emissão de boletos é alto para as empresas e o custo para emitir pelo Yupee será mais vantajoso para elas, que serão os patrocinadores do projeto”, disse Edson Silva, presidente da Nexxera. As companhia que fizerem parceria pagarão um valor fixo, de centavos, por transação. A taxa exata, porém, não foi revelada. Com esse modelo de negócios, o site será gratuito para o usuário.
Entre as empresas parceiras, o site já conta com a corretora de valores Pax, do Grupo Pague Menos, da rede de farmácias de mesmo nome. Rosana Freitas, responsável pelo setor educacional da corretora, explica que a parceria funcionará de duas maneiras. A primeira é como ferramenta de educação financeira. “Queremos levar pessoas para dentro do organizador como parte de nosso projeto educacional”, afirma. Num segundo momento, a corretora também incluirá a possibilidade de investir num produto chamado de Poupe Mais via o site Yupee. O produto é uma carteira dirigida de investimentos, com aplicações divididas entre renda fixa e variável. A aplicação mínima inicial é de 500 reais e, após esse pagamento, o investidor faz aportes bimestrais de 200 reais por meios de carnês. É esse pagamento periódico que a corretora disponibilizará no organizador. O objetivo da aplicação é que o investimento tenha rendimento anual líquido de 20% a 22% a mais que a poupança.
Assim como outras contas fixas, gastos no cartão e entrada de salário, os recursos enviados para a corretora e as outras empresas associadas serão calculados automaticamente no site Yupee. “Embora a agenda e os pagamentos possam ser visualizados no mesmo site, esses dados ficam arquivados em ambientes virtuais diferentes para garantir a segurança do internauta”, afirma Fabio Mainardi, CEO do Yupee.
A expectativa é que o número de internautas utilizando o serviço chegu

e a 5 milhões em 2012, com média de 25 milhões de transações por mês. Sobre as empresas que podem aderir ao serviço, Edson Silva, da Nexxera, afirma que a companhia já tem uma base de 400 mil companhias que utilizam os outros produtos do grupo, que são os parceiros mais prováveis para o projeto.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Número de computadores triplica no Brasil


Nos últimos dez anos, o número de residências com computadores mais que triplicou no Brasil.
De acordo com números do Censo 2010, divulgados hoje pelo IBGE, a presença de computadores nos lares saltou de 10,6%, em 2000, para 38,3%, em 2010.
Hoje, 21,8 milhões de lares possuem computadores próprios. Destes, 17,5 milhões estão conectados à internet.
Em relação à telefonia, a móvel é o modelo preferido pelos brasileiros hoje: 27 milhões (47,1%) de lares contam apenas com aparelhos celulares; enquanto 20,6 milhões (36,1%) combinam telefonia fixa e móvel; e outros 2,7 milhões (4,7%) utilizam apenas a telefonia fixa

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Internet vai acabar com o papel, não com o Jornalismo



As discussões acerca desse tema parecem ser incessantes e cada vez mais ardilosas. As preocupações exacerbadas quanto à continuidade do jornal impresso são tão descabidas atualmente quanto 15 anos atrás. E se o jornalismo impresso acabar? A questão fundamental deve ser trabalhada sob outra ótica: enquanto o número de jornais em circulação diminui a cada mês, o impresso ainda é a mídia com maior alcance planetário.

O que isso pode nos ensinar? O jornalismo impresso ainda tem um papel importantíssimo para ser exercido. Porém quando sua circulação chegar a um nível tão baixo que não compense mais sua impressão, o mundo não irá parar para lamentar seu fim. O jornalismo continuará sendo trabalhado na web, seja através de vídeo, texto, áudio, infográfico ou com a participação dos usuários. Há ainda o jornalismo à base de dados e com conteúdo acessível para todos.

Prova disso é o WikiLeaks. O portal não ganharia tanta notoriedade se não fossem os jornais. De nada adiantariam centenas de milhares de documentos confidenciais se não houvesse os jornais para trabalharem de maneira contextual e compilatória com essas informações. Alguém precisa filtrar e organizar esse conteúdo, seja usando apenas os jornalistas da redação ou abrindo os arquivos para que qualquer cidadão ajude nessa apuração.

Aliás, abertura essa que pode ser refletida com a participação dos leitores com o open newsdo britânico The Guardian, onde o jornal coloca em uma lista suas pautas a serem trabalhadas. Os leitores podem comentar e ajudar na condução da linha editorial das reportagens. É claro que as matérias mais interessante e exclusivas serão trabalhadas apenas internamente, o que nos leva a uma segunda prova da morte do papel, não do jornalismo: matérias exclusivas e furos ainda são a essência do bom jornalismo, principalmente na internet.

Que venham os bits de conteúdo jornalístico

Quer uma terceira prova? O jornalismo começa a construir uma amizade mais profunda com a internet. Alguns jornais já estão adotando a linguagem HTML 5 em suas páginas, outros estão reformulando seus portais e se transformando em locais mais "amigáveis" visualmente quanto ao conteúdo e seu posicionamento, levando em conta a user experience, além do fato de que alguns jornais estão criando aplicativos para redes sociais, como oFacebook, em uma tentativa clara de ir até o leitor, em vez de o leitor ir até o jornal. É o jornalismo cada vez mais customizado e compartilhado ao mesmo tempo.

Os pontos que provam que o jornalismo tem terra fértil na internet são inúmeros, porém alguns fatores merecem um destaque ainda maior. Em uma era com informações abundantes e conteúdo compilado em 140 caracteres, o jornalismo investigativo, literário e com profundidade demonstra que tem ganhado cada vez mais espaço em meio aos bits. Em um momento em que todos falam e poucos escutam, ter contexto é fundamental para se fazer a diferença.

Assim como o tema sobre morte do jornal de papel é batido e teima em não ser encerrado, incessantes também são os exemplos que, mesmo batidos, exemplificam de maneira singular essa questão. O rádio está criando novos parâmetros e demonstra uma chance ímpar de atuação com a internet e os sistemas de tagueamento universal. A televisão digital interativa já é realidade em muitos países e tem ganhado cada vez mais força e funcionalidades. Por qual motivo com o jornalismo seria diferente? No lugar de lamentações, deveríamos pensar na próxima geração do jornalismo. O jornalismo impresso vai acabar? Ainda bem. Que venham os bits recheados de conteúdo jornalístico.

As gafes de marketing de 2011 (até agora)

Em setembro deste ano, uma mensagem publicada pela Nikon em sua fan page americana no Facebook deu o que falar, gerando mais de 4 mil comentários - a grande maioria, críticas - e quase 2 mil compartilhamentos. O texto dizia que “um fotógrafo é apenas tão bom quanto o equipamento que usa”.
"Oh bom Deus, Nikon, o que você fez?", disse um dos comentários. "Esse é o tipo de arrogância em seu produto/marca que leva à queda. Uma salva de palmas para essa falha trágica", ironizou outro. Alguns dos usuários da rede social também publicaram mensagens na própria página, discordando da frase.
Desculpando-se, a empresa respondeu tentando mudar o tom da publicação anterior. A resposta, porém, recebeu bem menos atenção do que a mensagem anterior.

As gafes de marketing de 2011 (até agora)

Em setembro, os usuários que aguardavam o início da transmissão do festival Rock in Rio pelo streaming da Multishow foram surpreendidos por cenas bem mais ousadas do que shows e música ao vivo.
É que o site deixou vazar para os internautasum pelo menos cinco minutos de cenas de sexo explícito. No filme, três garotas e um rapaz apareciam fazendo sexo em uma van. A falha foi corrigida em seguida.

As gafes de marketing de 2011 (até agora)

Em agosto, a transmissão da partida Botafogo x América-MG no Tempo Real do portal Globo.com acabou exibindo também um minuto de vídeo pornográfico por engano.
O acidente técnico ocorreu durante o primeiro tempo, quando a seção de vídeos do site publicou, no lugar dos lances importantes e gols do jogo, o conteúdo pornográfico.
De acordo com um comunicado assinada pelo Globoesporte.com/Rio, um "lamentável erro técnico" aconteceu, e "o vídeo, acessível apenas para assinantes do canal Sexy Hot, foi chamado equivocadamente".

As gafes de marketing de 2011 (até agora)


A Knorr, patrocinadora oficial da 11ª edição do Big Brother Brasil, deixou escapar uma brecha que promoveu a concorrente Maggi na prova do líder do dia 3 de fevereiro deste ano.
Na competição, uma prova de resistência, os participantes deveriam vestir uma roupa de frango assado e, após um “banho de temperos”, permaneceriam "assando" num forno até que restasse apenas o vencedor. 
Porém, logo nos primeiros momentos da competição, os participantes espontaneamente começaram a cantar o jingle da Maggi, levando as duas marcas, patrocinadora e concorrente, além do mascote da Maggi, a “Galinha Azul”, os topo dos assuntos mais comentados no Twitter.
Além de reclamações por causa da confusão entre as duas marcas, a prova também recebeu críticas em relação à dinâmica, sendo considerada por muitos de mau gosto. "Super pega bem pra Knorr esse merchan/fail de assar humanos com saco plástico na cabeça", ironizou um dos tuítes.
Em outubro deste ano, o empresário Roberto Medina, organizador do Rock in Rio, acabou citando o McDonalds no lugar do Bobs, patrocinador do Rock in Rio 2011 ao comentar uma façanha da rede durante o evento.
Em entrevista  para o Multishow, canal pago que fez a transmissão ao vivo do festival, Medina falava sobre o recorde mundial de venda de hambúrgueres alcançado pelo Bobs durante o Rock in Rio.
Na hora de citar a marca, porém, o empresário se confundiu e falou "McDonalds", justamente uma das principais concorrentes da rede Bobs. Medina não corrigiu a informação.
Durante os quatro primeiros dias do Rock in Rio, que teve início no dia 23 de setembro, a rede de fast-food Bobs atendeu 350 mil pessoas, o que a levou ao recorde mundial de venda de hambúrgueres no sábado, dia 1º, quando foram comercializadpos 79 mil sanduíches.

As gafes de marketing de 2011 (até agora)

Em setembro, a Pepsi fez uma promoção "Leve dois, pague um" que acabou esbarrando na demanda superior ao planejado e na falta do refrigerante nas prateleiras. Resultado: a Coca-Cola, principal concorrente da marca, acabou sendo incluída na ação por alguns varejistas.
Pela promoção, que deveria durar um final de semana inteiro, cada consumidor poderia levar até 24 unidades pagando apenas por 12. O estoque programado para os dois dias, porém, durou bem menos do que isso.
Com a repercussão negativa da promoção, o Grupo Pão de Açúcar publicou um pedido de desculpas em anúncios de TV e em jornais de grande circulação. Em seu perfil no Facebook, a Pepsi disse que a participação na promoção havia superado as expectativas de vendas e que por isso, em alguns lugares, os estoques já haviam acabado. O post gerou mais de 200 comentários. A maioria deles, negativo. "Fui a três supermercado por volta das 8:00 da manhã e em nenhum tinha mais estoques", comentou uma consumidora.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Gastos com mídias digitais crescem 25% em 2011


Os investimentos em mídias digitais cresceram 25% em 2011 no mundo, diz levantamento da Razorfish, agência internacional de Marketing Interativo e tecnologia. O estudo ressalta que o motivo principal é a evolução do Facebook como plataforma de mídia paga.
A importância da rede é destacada: seu tráfego cresceu 69% no ano, enquanto na web houve queda de 9%. Como principais meios de atingir o consumidor com ações de marketing, a pesquisa cita o “Gamification”, jogos sociais que as empresas vem aproveitando intensivamente, e o Social Cloud, para acelerar a interação de conteúdo, ao conectá-lo a diferentes comunidades.
Outro destaque é o fenômeno do “always-on phone”, consequência da explosão de tablets e smart phones, que fez a mobile mídia dobrar em 2011.
Cerca de 80% dos entrevistados afirmam que usam o celular enquanto assistem TV e 38% procuram mais informações no aparelho sobre os produtos que vêem na tela. O resultado mostra a importância da cross media para os anunciantes alinharem sua comunicação às ofertas em mobile.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Compra por impulso: Quais são os fatores que fazem vender mais?

A compra por impulso tem ganhado importância ao ponto de passar a ser um dos itens cada vez mais relevantes nas estratégias de marketing das empresas. Para colocar tais iniciativas em prática é necessário ter um conhecimento do comportamento do consumidor e criar atrativos que despertem a atenção dos clientes que justifiquem racionalmente o motivo da compra. Parece fácil, mas poucas empresas conseguem obter resultados realmente surpreendentes.
Ao implementar estratégias baseadas neste comportamento, é necessário que os departamentos de trade marketing e shopper marketing – ainda recentes em muitas companhias – estejam amadurecidos e em sintonia para que a experiência de marca, tanto no varejo ou em lojas próprias, seja forte o suficiente para gerar um encantamento inicial no consumidor e atraí-lo para o interior do ponto de venda.
Gilberto Strunck, autor do livro “Compras por Impulso” e sócio diretor da agência Dia Comunicação, orienta as empresas a se preocuparem não somente em como tornar os consumidores e clientes regulares, como também mais conscientes em relação a questões como o consumismo, o futuro das novas gerações e o impacto deste comportamento para a indústria, o varejo e as marcas.  As pessoas estão comprando mais ou menos por impulso hoje? Gilberto Strunck: O Brasil é o país com o mais alto de índice de compra por impulso do mundo. Um dos fatores que influenciaram para este resultado foi a chegada de uma quantidade gigantesca de consumidores ao mercado, com o aumento de renda, principalmente das classes C, D e E. Sempre se falou que a classe C compra mais por custo-benefício. Esta realidade está mudando? Strunck: O que a gente sabe das pessoas, que não são somente da classe C, mas sim D e E, é que quando eventualmente sobra dinheiro, eles adquirem produtos de marcas mais caras. Na prática, a compra por impulso para a classe C é adquirir itens que caibam no bolso, o que é válido também para compras a prazo. Isso tem gerando uma inadimplência dos consumidores que se encantaram com produtos caros e agora estão pagando com atraso suas dívidas.
Na questão de compra por impulso, qual a importância do ponto de venda? Strunck: Primeiro é preciso compreender a entrada do varejo virtual nos hábitos de consumo dos brasileiros. Existe sim a compra por impulso (pela internet), mas não há a satisfação imediata do produto desejado pelo consumidor, devido ao prazo de entrega. Também depende da natureza de itens como livros e músicas online, que podem ser adquiridos de imediato.
A diferença em relação ao varejo real é a experiência de marca, que acontece na prática e é mais profunda (no ponto de venda). Na internet, o estímulo é apenas visual e sonoro, enquanto na loja, pode-se ter contato com o cheiro, o sabor e o tato. A tecnologia também tem auxiliado na compra por impulso ou ela tem afugentado os consumidores? Strunck: Há dois fatores a serem avaliados. Primeiro, a tecnologia deve ser muito amigável e simples de ser trabalhada. A geração que nasceu no digital tem mais facilidade e apreço por esses inventos. Mas este encantamento se dá na forma como ela tem sido oferecida, porque se fosse mais complicada, não atrairia tanto a atenção.
Por outro lado, a inserção da tecnologia na sociedade fez com que tivéssemos uma quantidade gigantesca de produtos e serviços oferecidos, que pode confundir as pessoas. A segmentação hoje está se tornando excessiva. É importante ter um produto feito sob medida para o consumidor, mas é preciso ressaltar até que ponto se poderá identificar, entre o mix ofertado, que há um item feito sob medida para o cliente. Quais são os fatores que influenciam nas compras por impulso? Strunck: Primeiro, o lado direito do cérebro é estimulado. Ao visualizar uma vitrine que agrada, o consumidor pode entrar, mesmo sem dinheiro, e adquirir algo com a possibilidade de utilizar um cartão de crédito. Até este momento as decisões foram tomadas no nível irracional. A razão passa a trabalhar quando o cliente experimenta a roupa, sente o caimento e o tecido. Daí a importância do design nos dias de hoje.
Como se dá a compra por impulso nas lojas conceitos? Strunck: Os consumidores têm o hábito de visitar sempre as mesmas lojas, adquirindo os mesmo serviços e produtos, até o momento em que alguma recomendação pessoal seja forte o suficiente para quebrar o círculo. A solução para o varejo é sempre possibilitar que as pessoas que frequentam estes pontos de venda tenham novos estímulos para ficarem mais tempo no local e comprarem por impulso. O varejo dá as cartas nesta relação, ele consegue estar com o produto ou serviço e, ao mesmo tempo, próximo ao consumidor. 
Por exemplo, quando o clima muda, o varejista pode alterar as vitrines com roupas de frio para peças voltadas para um tempo mais ameno, de modo mais rápido. Já a indústria não consegue fazer isso. O varejo pode identificar de maneira mais eficaz o que o consumidor deseja. Na loja conceito, esta experiência se torna mais completa, principalmente se for uma marca da indústria. Este é o fenômeno das indústrias criando estabelecimentos próprios para ampliar a divulgação dos seus produtos, enquanto no varejo as marcas próprias estão se tornando indústria. A compra por impulso está relacionada à conveniência, sobretudo com o fenômeno das lojas nos postos de gasolina? Strunck: Não necessariamente. Quando as lojas de conveniência foram implantadas no Brasil, os preços eram muito elevados e o ticket médio, ainda hoje, é baixo. Elas estão mais acessíveis, mas o posicionamento de preço alto permanece na mente dos consumidores. Embora se possa comprar em lojas de conveniência por impulso, a preferência é por outras categorias do varejo. O que vale sempre é o inusitado, o encantamento. É muito difícil não comprar por impulso hoje, o exemplo mais claro é a pipoca do cinema: quando o consumidor vai com a intenção de assistir a um filme, ao passar pelo ponto de venda, acaba pagando pela pipoca mais cara do Brasil. Quais as categorias mais propícias para a compra por impulso? Strunck: Não há uma categoria específica. Normalmente são produtos de preço baixo, pela facilidade de acesso. Na prática, é preciso entender qual é a ocasião distinta de consumo. Por exemplo, quando um consumidor vai a uma padaria, ele pode querer comprar pães, fazer um lanche ou comprar bolos e doces para uma festa. 
Em cada um destes momentos, pode-se explorar uma estratégia que induza a compra por impulso, oferecendo uma promoção, descontos, ou dizer que a próxima fornada vai demorar para sair e indicar outro pão. É o caso da livraria Cultura. Nos pontos de venda, há diferentes zonas por onde o consumidor passa. Na entrada das lojas, quando o cliente está saindo de uma velocidade para outra, os lojistas costumam expor os lançamentos e últimas coleções para gerar um encantamento maior. 
Após este momento, os clientes passam para as chamadas zonas de cognição, áreas onde precisarão de um pouco mais de tempo para interagir com os livros e publicações. Para prolongar esta experiência, a Cultura oferece cadeiras, permitindo que o consumidor permaneça por mais tempo na loja. O que pode influenciar mais na compra por impulso? O ambiente, o preço, o próprio produto ou a ocasião de compra? Strunck: É o conjunto. O ser humano é um ser policrônico, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. O desafio para provocar uma compra por impulso, transformando momentaneamente o comportamento de policrônico para mononcrônico, chamando a atenção da pessoa para o produto pode ser difícil, por exemplo, no varejo, onde se tem mais de 70 mil itens expostos, ou em uma loja de conveniência com três mil itens.
Deste total, apenas 10% é percebido e um volume bem menor ganha atenção. É preciso desenvolver alguma apresentação, quer seja um cartaz ou o preço, para conseguir alguns segundos de atenção da pessoa e ao mesmo tempo oferecer algo que justifique racionalmente a compra. Há alguma receita específica que possa ser aplicada no ponto de venda? Strunck: Na verdade deveria ser uma macro-receita. Primeiramente é preciso chamar a atenção, despertar o desejo e justificá-lo com alguma alternativa racional, para transformar o desejo em uma necessidade.
De forma geral, as marcas e o varejo têm trabalhado bem a compra por impulso? Strunck: Várias sim, outras não. A diferença consiste na promessa e na entrega. O marketing tem como foco estabelecer valor de marca para o consumidor. Mais adiante, o trade marketing e o shopper marketing vão fazer a comunicação para o comprador, que não necessariamente é o consumidor.
Em geral, os departamentos de trade marketing nas empresas foram criados a partir da década de 1990, são muito recentes. O que havia anteriormente era uma briga entre a indústria e o varejo para vender ao consumidor. O setor de indústria passou a compreender que não adianta apenas fazer o sell in, quando o varejo não consegue cumprir com o sell out. Esse comportamento deu origem a esses departamentos, para melhorar o relacionamento entre os parceiros. A partir deste momento, passou-se a criar soluções nos canais do Trade e na comunicação para o shopper, mas que só puderam ser implementadas em grandes redes de varejo.
Apesar da eficácia deste modelo, ele é complicado de trabalhar e executar. O que mais se vê é uma bela publicidade e quando o consumidor chega à loja não encontra o mesmo cenário, deixando a entrega um ponto abaixo da oferta, o que pode interferir na compra por impulso. O trade marketing também colabora muito na questão de comprar por impulso, uma vez que o setor trabalha próximo ao gerenciamento de categoria? Strunck: Sim, mas o Gerenciamento de Categoria pressupõe uma confiança muito grande do varejo em relação à indústria, pois as empresas sabem que estão entregando informações importantes para o setor. Essa é uma relação muito sofisticada. Um exemplo é o que fez a Coca-Cola, que ao vender seus produtos para a mesma bandeira de um varejista, em um mesmo bairro, identificava quais as embalagens e produtos que deveriam ser vendidos em cada unidade, de acordo com o comportamento dos consumidores.
E como seria em relação ao shopper? Strunck: Para o shopper, a comunicação seria dentro do varejo. A Coca-Cola já tem o seu departamento de shopper marketing cuidando deste aspecto da relação. Outras empresas, no entanto, ainda estão desenvolvendo as suas áreas de trade marketing e não atingiram esta sofisticação. Um dos desafios para a implementação é saber de onde virá a verba para o Trade. Este é um exercício novo para as companhias. Promoções e ativação também ajudam na compra por impulso? Strunck: Sim, e muito, sobretudo proporcionado visibilidade, sendo um dos fatores que alteram o estado do consumidor de policrônico para monocrônico. Mas é importante não utilizar apenas este recurso, pois pode queimar a imagem da marca. Até que ponto uma compra por impulso pode se tornar recorrente? Strunck: O objetivo é esse. O dever de uma marca é gerar experimentação a partir da compra e tornar o comportamento regular. Isso implica que a iniciativa seja feita com frequência, para que outros consumidores possam experimentar e se converterem em clientes regulares. Mas essa não deve ser a estratégia única das empresas, e sim complementar, pois depende se as companhias adquiriram espaços para gerar a experimentação ou se é o próprio varejo o responsável pelo contato com a marca. E como fica a relação entre consumo e consumismo? Strunck: Nos últimos 30 anos, um terço dos recursos naturais da Terra foram exauridos. Apesar deste cenário, é preciso compreender que é o consumo que movimenta a engrenagem do mundo. Quando surgiu a crise nos Estados Unidos, o então presidente George Bush alertou os norte-americanos a não pararem de consumir e liberou crédito. Se a população diminui o ritmo de compras, por conseguinte todos saem perdendo, o varejo, a indústria, os colaboradores e os próprios consumidores. Neste sentido, o consumo é uma coisa boa. Mas a fronteira entre o consumo e o consumismo é algo que devemos conhecer profundamente para evitar exageros e prejuízos para o planeta. As novas gerações vão aderir a este pensamento? Strunck: Dentro da escolha de compras, a preocupação se uma marca está devastando ou não o meio ambiente será cada vez mais presente. Os fatores de responsabilidade social e sustentabilidade passarão a ser introjetados com mais força na mentalidade dos consumidores. Estes critérios serão responsáveis por garantir o futuro das próximas gerações. E o varejo é o um dos principais atores nesse processo, pois as mudanças são cada vez mais ditadas por este setor do que pelo consumidor.